VIRA-BOSTA
(Molothrus bonariensis)
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA
Reino:
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Animalia
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Filo:
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Chordata
|
Classe:
|
Aves
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Ordem:
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Passeriformes
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Família:
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Icteridae
|
Espécie:
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M. bonariensis
|
Também
conhecido por azulego, maria-preta, chopim, chupim, chupim-vira-bosta, melro,
godero, gaudério, cupido (Maranhão), papa-arroz escuro (Paraíba) e engana tico;
o vira-bosta é uma ave passeriforme da família Icteridae. Dá
nome a uma canção de Renato Teixeira. É provavelmente a ave mais odiada do
Brasil, principalmente por causa de seus hábitos reprodutivos parasitários,
pois nunca cuida de seus próprios ovos, sempre os botando nos ninhos de outras
aves para que elas criem seus filhotes. Nada menos do que 55 espécies já foram
listadas como hospedeiras, desde aves maiores até menores do que o vira-bosta.
CARACTERÍSTICAS
Mede
cerca de 20 centímetros. O macho adulto é preto-azulado, mas dependendo da
iluminação só se enxerga a cor negra. A fêmea é marrom-escura. Pode ser
confundido com agraúna (Gnorimopsar chopi), mas este é maior e
possui o bico mais alongado e fino. Difere das duas outras espécies do gênero
Molothrus, a iraúna-grande (Molothrus oryzivorus) e do
vira-bosta-picumã (Molothrus rufoaxillaris) por ser bem menor que o
primeiro e um pouco maior que o segundo, que além de ser menor que o chopim
também apresenta a parte inferior das asas mais clara e uma mancha avermelada
na base inferior das asas.
ALIMENTAÇÃO
Alimenta-se de
insetos e sementes. Costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de
milho.
REPRODUÇÃO
Entre
julho e dezembro marca o início da reprodução, mas é após o acasalamento que
inicia-se a fase pela qual a espécie é mais conhecida. Esta espécie não
constrói ninho e a fêmea põe 4 ou 5 ovos por postura, sendo 1 no
ninho de cada hospedeiro. Porém, em ninhos de sabiá-do-campo (Mimus
saturninus) e joão-de-barro (Furnarius rufus), já foram
encontrados 35 e 14 ovos de vira-bosta, respectivamente. Para chegar ao ninho
hospedeiro, segue os “futuros pais adotivos”. Os ovos são de colorido uniforme
e com a casca sem brilho, branco-esverdeados, vermelho-claros ou verdes, ou
ainda com manchas e pintas, conforme a região geográfica.
O tico-tico (Zonotrichia capensis) é muito parasitado e a adaptação
vantajosa para o vira-bosta é a postura de seu ovo antes, ou no mesmo dia,
daquela do primeiro ovo do hospedeiro. Como o período de incubação do
vira-bosta é de 11 ou 12 dias, um a menos do que o do tico-tico, seu filhote,
que é bem maior, nasce antes. Desta forma, o filhote do vira-bosta pode
eliminar do ninho seus companheiros tico-ticos ou receber mais
alimento, tendo maior probabilidade de sobrevivência. Quando abandona o ninho o
filhote vira-bosta é alimentado pelos pais adotivos por 15 dias, solicitando
alimento no bico através de um chamado característico, abaixando o corpo e
tremulando as asas. Também podem colocar seus ovos em ninhos de galinhas
domésticas, como garnisé.
HÁBITOS
Habitam
paisagens abertas como campos, pastos, parques e jardins. Entre junho e
setembro são muito gregárias, concentrando-se em pousos noturnos comunitários
ou buscando alimentos em gramados e áreas campestres com capim baixo. Nessas
concentrações, é possível observar os machos ameaçando-se mutuamente com seu
característico comportamento de apontar o bico para cima e caminhar em direção
ao oponente com as penas brilhando ao sol.
Na região
da caatinga realizam pequenas migrações locais sempre em busca de áreas verdes
e com água.
O hábito
de fuçar nas fezes do gado a procura de sementes mal digeridas lhe confere seu
nome popular vira-bosta. Segue o gado para capturar os insetos por ele
deslocados. Aprende a comer em comedouros artificiais de aves, a catar migalhas
em locais públicos e a seguir arados para capturar minhocas e outros pequenos
animais. É considerado uma praga agrícola, especialmente em arrozais do sul do
país. Os machos se exibem para as fêmeas com voos curtos nos quais cantam sem
parar, arrepiam suas penas e batem as asas semi-abertas e também com
apresentações que envolvem eriçar as penas, balançando-as rapidamente e
vocalizar. Sua vocalização atinge frequências inaudíveis para os seres humanos.
Na serra gaúcha, migram de meados de fevereiro a meados de setembro.
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre em
todo o Brasil e America do sul, menos na cordilheira dos Andes.
CRÉDITOS DA FOTO
Geoposicionamento: Latitude:
-19.4549670 Longitude: -44.2327230
Elevação: 774.25 m
Fotógrafo: Alex Christian Ramos
de Oliveira
REFERÊNCIAS
MYGEOPOSITION.
Disponivel em: http://mygeoposition.com/. Acesso: Novembro de 2014.
WIKAVES,
Vira-bosta. Disponível
em:http://www.wikiaves.com.br/vira-bosta. Acesso em: Novembro de 2014.
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