TUCANUÇU
(Ramphastos toco)
CLASSIFICAÇÃO
CIENTÍFICA
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Ramphastidae
Espécie: Ramphastos
toco
Os tucanos são, junto com as araras
e papagaios, um dos símbolos mais marcantes das aves do continente
sul-americano. Seu colorido, o formato e tamanho do bico chamam a atenção com
facilidade, tornando-os inconfundíveis. O tucanuçu é o maior deles, vivendo em
todo o Brasil central e partes da Amazônia. No Pantanal está a sua maior
população, podendo ser encontrado até no interior das cidades, em rápidas
visitas a pomares e árvores com frutos.
CARACTERÍSTICAS
Com a característica marcante de
possuir enorme bico alaranjado com uma mancha negra na ponta. Sua plumagem é
negra, destacando-se o papo e o uropígio brancos, além do crisso manchado de
vermelho. Destaca-se também a área de pele nua de cor laranja ao redor dos
olhos e as pálpebras azuis. O bico amarelo-alaranjado de tecido ósseo
esponjoso, que mede cerca de 20 centímetros, é duro e cortante, sendo usado
como uma pinça para capturar alimento. Mede 56 centímetros de comprimento e
pode pesar 540 gramas. Apesar do tamanho, é muito leve, devido à estrutura
interna, onde existem grandes espaços vazios. O tucano usa-o com grande
habilidade, apanhando desde pequenas presas até separando pedaços de alimentos
maiores. Suas bordas são serrilhadas e a força do tucano corresponde a seu
tamanho. Para ingerir o alimento, lança-o para trás e para cima, em direção à
garganta, enquanto abre o bico para o alto.
Alimentação
Sua dieta consiste basicamente de
frutas, insetos e artrópodes, mas também costuma saquear ninhos de outras aves
e devorar ovos e filhotes. Devido a essa característica, são prontamente
perseguidos pelas aves em período reprodutivo.
REPRODUÇÃO
Fazem seu ninho em árvores ocas,
buracos em barrancos ou em cupinzeiros. Costuma botar de dois a quatro ovos,
que são incubados por período de 16 a 18 dias. O macho costuma alimentar a
fêmea na época da reprodução. Seus predadores são: os macacos que saqueiam o
ninho e os gaviões. Vivem em casais no período reprodutivo, formando bandos
após a saída dos filhotes dos ninhos.
HÁBITOS
Vive aos pares ou em bandos de duas
dezenas de aves que voam em fila indiana. Voa com o bico reto, em linha com o
pescoço, alternando curtas batidas com um planar mais demorado. Ao dormir vira
a cabeça e descansa o bico nas costas. Comunicam-se com chamados graves,
parecendo um pouco o mugido do gado (vindo daí o nome goiano de tucano-boi).
Habitam as matas de galeria,
cerrado, capões; única espécie da família Ramphastidae que
não vive exclusivamente na floresta, sobrevoa frequentemente os campos abertos
e rios largos; gosta de pousar sobre árvores altaneiras. Menos sociável que os
outros tucanos. Os ocos também são usados para dormir, quando a grande ave
dobra-se de tal forma que diminui o seu tamanho em dois terços. Inicialmente,
coloca o bico sobre as costas e, em seguida, cobre-se com a cauda. Essa posição
de dormida também é usada quando dorme no meio das folhas da parte superior da
copa das árvores.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
De larga distribuição em regiões campestres
do interior, da Amazônia (p. ex. Manaus e foz do Amazonas) ao Paraguai, Bolívia
e Argentina; não atinge o litoral do Brasil oriental. Esta espécie é comum no
Pantanal (Sick 1997, citado por FRANÇA, Leonardo Fernandes; RAGUSA-NETTO,
José; PAIVA, Luciana Vieira de), onde a vegetação está organizada em manchas de
florestas dispostas em matrizes de habitats abertos e semi-abertos (Pott &
Pott 1994, citado por FRANÇA, Leonardo Fernandes; RAGUSA-NETTO, José;
PAIVA, Luciana Vieira de).
CRÉDITOS DAS FOTOS
Avenida Antônio Caran, 645, Centro,
Capim Branco MG.
Coordenadas: Latitude - 19º 32’ 56 S,
Longitude: 44º 07' 00" W
Fotógrafo: Josyane Santos
Referências
Wiki Aves:
http://www.wikiaves.com.br/tucanucu. Acesso em 14 de Nov. 2014.
FRANÇA, Leonardo Fernandes;
RAGUSA-NETTO, José; PAIVA, Luciana Vieira de. Consumo de frutos e abundância de
Tucano Toco (Ramphastos toco) em dois hábitats do Pantanal Sul. Biota
Neotrop.,vol. 9, no. 2. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/bn/v9n2/a12v09n2.pdf>.
Acesso em: 14 de Nov. 2014.
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