BIGUÁ
(Phalacrocorax
brasilianus)
CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Reino:
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Animalia
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Filo:
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Chordata
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Classe:
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Aves
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Ordem:
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Suliformes
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Família:
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Phalacrocoracidae
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Espécie:
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P. brasilianus
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O biguá (Phalacrocorax brasilianus)
é uma ave suliforme da família Phalacrocoracidae. Ave
aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo
debaixo d'água, indo aparecer novamente em outro local mais distante,
mostrando apenas o pescoço para fora d'água. Para facilitar seus
mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que
fica entre as mesmas. Para secá-las é comum vê-lo pousado com as asas
abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando
próximo d'água, em formação em “V”. Quando voa se assemelha a patos, sendo às
vezes considerado como tal, equivocadamente.
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Também é conhecido pelos nomes de biguá-una,
imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d'água. Por ser inteiramente negro, recebe o
nome comum, também, de corvo-marinho.
CARACTERÍSTICAS
Mede 58 a 73 cm, peso de 1,2 a 1,4 kg, envergadura de 100 a 102 cm. Ave
preta com saco gular amarelo. Possui pescoço longo, cabeça pequena, bico
cinzento amarelado longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma
de gancho. Íris azuis, pernas e pés pretos. Na época da reprodução apresenta
penas brancas beirando a garganta nua e com tufos brancos atrás das regiões
auriculares. Quando maturo, tem cor de fuligem ou marrom-escuro.
ALIMENTAÇÃO
São piscívoros, apanham freqüentemente presas sem valor comercial como,
por exemplo, peixes providos de acúleos; o suco gástrico do biguá é capaz de
desagregar espinhas.
Alimenta-se de peixes e crustáceos. Come também girinos, sapos, rãs e
insetos aquáticos.
REPRODUÇÃO
É monogâmico. Na época do
acasalamento, o ritual de corte envolve uma ampla gama de movimentos e sons, com
as aves agitando as asas e movimentando o pescoço de maneira peculiar. Os
membros do casal roncam como um porco, empoleirados lado a lado, e executam
curiosos meneios laterais com a cabeça, por repetidas vezes, copulando a
seguir.
Nidifica em colônias sobre árvores em matas alagadas, sarandizais, matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. O ninho é construído pelo casal. Enquanto o macho escolhe os locais de nidificação e traz material de ninho, é a fêmea que realmente constrói o ninho. Porções de ninhos anteriores são frequentemente reutilizadas. Os ninhos são geralmente compostos por uma camada externa espessa de galhos e gravetos, forrada com gramíneas moles e algas.
A fêmea põe geralmente 3 a 4 ovos pequenos
cobertos por uma crosta calcária branco-azulada, que são incubados pelo casal.
O período de incubação varia de 23 a 26 dias. Os filhotes são alimentados por
ambos os pais, que regurgitam o alimento em seus bicos. São alimentados até as
11 semanas de vida, e com 12 semanas já são totalmente independentes.
HÁBITOS
Vive em águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios,
lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e, nas cidades, em
parques com lagoas. Não se afasta da costa para se aventurar no mar, mas voa
para ilhas próxima à costa, podendo aí nidificar.
Não possui glândula uropigiana, encharcando totalmente sua plumagem para
aumentar o peso e facilitar os mergulhos. Quando sai da água, seca sua plumagem
abrindo a cauda e as asas ao sol, ofegando de bico aberto, por vezes revelando
seu saco gular amarelo. Descansa pousado na beira d’água, sobre pedras,
árvores, estacas ou mesmo sobre cabos. Empoleirado em um só pé, coça o píleo
com as unhas, de forma cômica. Dorme em árvores ressequidas, ao lado de garças,
nos manguezais ou em sarandizais.
Devido a suas fezes serem ácidas, podem danificar árvores, mas adubam a
água, favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo
outras aves para se alimentar.
É desajeitado em terra, andando de maneira gingada, mas é exímio nadador
e mergulhador, utilizando seus pés com membranas interdigitais natatórias como
propulsores. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como
tais, equivocadamente, e, quando em bando, muitas vezes voa em formação em V.
Mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d'água, indo
aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora
d'água.
Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos
em estado selvagem.
DISRIBUIÇÃO
Sua distribuição geográfica extende-se do sudeste do Arizona (EUA) à
Terra do Fogo, extremidade austral da América do Sul
MANIFESTAÇÕES SONORAS
Voz: o seu grito é "biguá", "oák". O coro de muitos
indivíduos soa ao longo como o ruído de um motor.
CRÉDITOS DA FOTO
Geoposicionamento: Latitude:
-19.4549670 Longitude: -44.2327230
Elevação: 774.25 m
Fotógrafo: Alex
Christian Ramos de Oliveira
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