domingo, 16 de novembro de 2014

Biguá



BIGUÁ
(Phalacrocorax brasilianus)


CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA
Reino:
 Animalia
Filo:
 Chordata
Classe:
 Aves
Ordem:
 Suliformes
Família:
 Phalacrocoracidae
Espécie:
 P. brasilianus



O biguá (Phalacrocorax brasilianus) é uma ave suliforme da família Phalacrocoracidae. Ave aquática, mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d'água, indo aparecer novamente em outro local mais distante, mostrando apenas o pescoço para fora d'água. Para facilitar seus mergulhos, suas penas ficam completamente encharcadas, eliminando o ar que fica entre as mesmas. Para secá-las é comum vê-lo pousado com as asas abertas ao vento. Quase sempre visto em grandes bandos voando próximo d'água, em formação em “V”. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tal, equivocadamente.  
Também é conhecido pelos nomes de biguá-una, imbiuá, mergulhão, miuá e pata-d'água. Por ser inteiramente negro, recebe o nome comum, também, de corvo-marinho.


CARACTERÍSTICAS

Mede 58 a 73 cm, peso de 1,2 a 1,4 kg, envergadura de 100 a 102 cm. Ave preta com saco gular amarelo. Possui pescoço longo, cabeça pequena, bico cinzento amarelado longo e fino, sendo que a ponta da maxila termina em forma de gancho. Íris azuis, pernas e pés pretos. Na época da reprodução apresenta penas brancas beirando a garganta nua e com tufos brancos atrás das regiões auriculares. Quando maturo, tem cor de fuligem ou marrom-escuro.


ALIMENTAÇÃO

São piscívoros, apanham freqüentemente presas sem valor comercial como, por exemplo, peixes providos de acúleos; o suco gástrico do biguá é capaz de desagregar espinhas.
Alimenta-se de peixes e crustáceos. Come também girinos, sapos, rãs e insetos aquáticos.


REPRODUÇÃO

É monogâmico. Na época do acasalamento, o ritual de corte envolve uma ampla gama de movimentos e sons, com as aves agitando as asas e movimentando o pescoço de maneira peculiar. Os membros do casal roncam como um porco, empoleirados lado a lado, e executam curiosos meneios laterais com a cabeça, por repetidas vezes, copulando a seguir.

Nidifica em colônias sobre árvores em matas alagadas, sarandizais, matas ciliares, às vezes entre colônias de garças. O ninho é construído pelo casal. Enquanto o macho escolhe os locais de nidificação e traz material de ninho, é a fêmea que realmente constrói o ninho. Porções de ninhos anteriores são frequentemente reutilizadas. Os ninhos são geralmente compostos por uma camada externa espessa de galhos e gravetos, forrada com gramíneas moles e algas. 

A fêmea põe geralmente 3 a 4 ovos pequenos cobertos por uma crosta calcária branco-azulada, que são incubados pelo casal. O período de incubação varia de 23 a 26 dias. Os filhotes são alimentados por ambos os pais, que regurgitam o alimento em seus bicos. São alimentados até as 11 semanas de vida, e com 12 semanas já são totalmente independentes.


HÁBITOS

Vive em águas interiores e na orla marítima, também ocorrendo em rios, lagos, banhados, açudes, represas, estuários, manguezais e, nas cidades, em parques com lagoas. Não se afasta da costa para se aventurar no mar, mas voa para ilhas próxima à costa, podendo aí nidificar. 

Não possui glândula uropigiana, encharcando totalmente sua plumagem para aumentar o peso e facilitar os mergulhos. Quando sai da água, seca sua plumagem abrindo a cauda e as asas ao sol, ofegando de bico aberto, por vezes revelando seu saco gular amarelo. Descansa pousado na beira d’água, sobre pedras, árvores, estacas ou mesmo sobre cabos. Empoleirado em um só pé, coça o píleo com as unhas, de forma cômica. Dorme em árvores ressequidas, ao lado de garças, nos manguezais ou em sarandizais. 

Devido a suas fezes serem ácidas, podem danificar árvores, mas adubam a água, favorecendo a manutenção das populações de peixes, e assim atraindo outras aves para se alimentar. 

É desajeitado em terra, andando de maneira gingada, mas é exímio nadador e mergulhador, utilizando seus pés com membranas interdigitais natatórias como propulsores. Quando voa se assemelha a patos, sendo às vezes considerado como tais, equivocadamente, e, quando em bando, muitas vezes voa em formação em V. Mergulha em busca de peixes e permanece um bom tempo debaixo d'água, indo aparecer de novo bem lá na frente, mostrando apenas o pescoço para fora d'água. 

Fora da época de reprodução, é geralmente solitário. Vive até os 12 anos em estado selvagem.


DISRIBUIÇÃO

Sua distribuição geográfica extende-se do sudeste do Arizona (EUA) à Terra do Fogo, extremidade austral da América do Sul


MANIFESTAÇÕES SONORAS

Voz: o seu grito é "biguá", "oák". O coro de muitos indivíduos soa ao longo como o ruído de um motor.


CRÉDITOS DA FOTO
Geoposicionamento: Latitude: -19.4549670   Longitude: -44.2327230   Elevação: 774.25 m
Fotógrafo: Alex Christian Ramos de Oliveira 

Nenhum comentário:

Postar um comentário